1 de fev. de 2012

Grito Rock Pelotas - Coletivo Outro Sul


 
Grito Rock 2012

Memórias
 
Fomento e profissionalização da cena independente da música foram as forças motrizes que fizeram nascer em Cuiabá (MT) a primeira edição do Grito Rock, em 2003, quando o Espaço Cubo escolheu o período de Carnaval para a realização de um festival de baixo orçamento e com possibilidade de auto-gestão. Em 2004, deu-se intercâmbio em nível regional. Nos anos seguintes, o delineamento programático evidenciou-se ainda mais com a intensificação do intercâmbio e interiorização das ações.

Em 2007 e 2008, o evento é adotado como um dos projetos do Circuito Fora do Eixo. Na ocasião mais cidades entram na gestão. No primeiro ano, foram mais de 20 cidades integradas a rede do projeto; em 2008 o número saltou para 50. Em 2009, o Grito Rock atinge a marca de mais de 60 cidades e, em 2010, 80 pontos fizeram parte dessa rede.

A história local do Grito Rock começa em fevereiro de 2010, o Coletivo Outro Sul realizou a primeira edição do Grito do Rock Pelotas. O festival fez parte da programação do Fórum Social das Periferias e deu início ao intercâmbio cultural promovido pelo circuito Fora do Eixo, funcionando como porta de entrada para bandas da cena local circularem em eventos de porte nacional como Macondo Circus, Morrostock e Feira da Música do Sul.

Em fevereiro de 2011 com o apoio da Prefeitura Municipal de Pelotas – Secretaria de Cultura realizamos a segunda edição do Grito Rock, foram três dias de muitas discussões sobre economia da cultura e muita música e rock in rol claro. Mais de três mil pessoas participaram desta edição, foram mais de 150 bandas inscritas e 16 selecionadas (acesse aqui http://tnb.art.br/oportunidades/grito-rock-pelotas/)

Dois movimentos foram importantes na construção do grito Rock Pelotas. A Primavera Cultura livre que teve sua origem no ano de 2009 influenciado por dois movimentos: o Circuito Fora do Eixo (sociedade civil) e os Pontos de Cultura e Mídia Livre (poder público).

Em 2009 representantes dos coletivos de cultura que integravam a rede do Circuito Fora do Eixo, realizaram o II Congresso Fora do Eixo, ocorrido entre os dias 22 e 26 de setembro de 2009, em Rio Branco-ACRE, aprovando uma Carta de Princípios que em seu artigo primeiro se apresenta como uma rede colaborativa  e descentralizada de trabalho, constituída por coletivos de cultura espalhados pelo Brasil, pautados nos princípios da economia solidária, do empoderamento dos sujeitos e alcance da autonomia quanto às formas de gestão e participação em processos sócio-culturais, entre outros (http://foradoeixo.org.br/institucional/carta-de-principio-do-circuito-fora-do-eixo-2009).

Também entre os dias 24 e 27 de setembro do mesmo ano, acontecia em Chã Grande, Pernambuco a I Conferência Livre de Comunicação para a Cultura, que mobilizou representantes de Pontos de Cultura, Pontões de Cultura e Pontos de Mídia Livre, encontro que pautou a interdependência entre cultura e comunicação e preparou diversos documentos que pautaram as conferências nacionais de cultura e comunicação que aconteceram no final do mesmo ano (http://www.cultura.gov.br/site/2009/09/23/i-conferencia-livre-de-comunicacao-para-a-cultura/).

O nosso envolvimento com estes movimentos, em especial no ano de 2009, efetivou a vontade de um Coletivo local, que chamamos de Coletivo Outro Sul. Um coletivo que substituísse a noção de interesse econômico para interesse com o cotidiano da vida, um coletivo que transcendesse a necessidade de se ter uma única organização ou uma resposta unívoca às situações do cotidiano da vida, em fim, vontade de um coletivo que existe na medida em que trabalha para garantir e fortalecer as singularidades de cada pessoa, grupo, instituição. Bem como sentíamos a necessidade de conectar Pelotas e a região sul as redes colaborativas em níveis nacionais e globais, onde se pudesse discutir, pensar e fazer um mundo, que opta por não explorar as pessoas nem o ambiente (www.outrosul.wordpress.com).

O coletivo Outro Sul é hoje importante coletivo local de fomento a economia da cultura, e se caracteriza por articular uma rede de instituições e artivistas que atuam desde a ocupação de espaços públicos em eventos gratuitos como, por exemplo, a própria Primavera Cultura Livre e o Grito Rock Pelotas, atua também em espaços privados como o João Gilberto Bar, Teatro Guarany e mais recentemente o Galpão Satolep, um espaço com gestão própria da Satolep Circus e do coletivo Outro Sul, bem como nos Pontos de Mídia Livre e Ponto de Cultura Outro Sul de gestão da ONG AMIZ, com sede no Loteamento Dunas e atuação na cidade / região / mundo. 


Veja Teaser 2011 abaixo





















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